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segunda-feira, 26 de maio de 2014

A beleza de ser

Desde que me entendo por gente sou assim. Duas pernas, dois braços, uma cabeça, baixinha e gorda. Pois é, poderia dizer: uma perna, dois braços, uma cabeça, alta e magra. Poderia passar dias escrevendo partes de corpo faltantes ou excessivas e isso não me tornaria (ou tornaria alguém) incapaz, menos gente ou muita coisa.
Um dia, sei lá quando, entendi que o que eu tinha por dentro era bom, razoavelmente bom, simplesmente bom e aí aconteceu a mágica ( mentira, não teve mágica) eu me aceitei. Aceitei que eu era adolescente lisa, porque aos quinze anos ninguém quer te ouvir falar, bom humor é uma parada que vale quase nada, enfim...aceitei que eu era muita coisa para ser definida exclusivamente pelo que minha balança me mostrava, eu era maluca, intensa, chorona, divertida, dramática e aquilo, só aquilo não dizia nada sobre mim.
Toda vez que vejo alguém fora de um padrão se expondo, penso o quanto aquela pessoa está sendo julgada, o quanto de gente deve pensar: coitada, se sente. E é exatamente isso, eu queria que cada garota ou mulher se sentisse, se sentisse maravilhosa, independente das fotos que venham nas revistas ou do que aparece na tv. Deixa eu te contar um segredinho: é mentira! Revista e tv foram feitos para vender e não para te estimular a se conhecer. Se alguém está infeliz tem que correr atrás, mudar o jogo, e acredite: não estou falando de dieta, nem de escova progressiva, como diria o Leoni: "eu tô falando de amor e não da sua doença" , trata do dentro e depois resolve o fora.
O maldito padrão persegue, não tem jeito e isso independe do que você possa ser diferente dele, persegue e massacra, e não sou bobinha em achar que ninguém quer mudar, que ninguém quer se encaixar nele, todo mundo quer, é fácil, é prático e facilita a vida, mas nem sempre é real, possível ou atingível. Um exemplo: perder alguns quilos para melhorar a saúde é válido, trincar o abdômen é irreal para a grande maioria das mulheres.
Ser quem se é é uma das maiores belezas de uma mulher, se olhar no espelho e se sentir linda é o maior elogio que se pode receber, se amar e se sentir ótima é esplendoroso e o melhor: não se sentir cretina e fútil por se amar loucamente.
Uma modelo é linda? Sim! Eu tenho o prazer de elogiar as mulheres, porque cada uma tem um encanto próprio, mas eu sou eu, eu construí minha história, eu estive comigo todos os dias, usufruindo das alegrias e dando um jeito nas tristezas, então me desculpem os amantes-defensores fanáticos dos padrões, mas eu tô no topo da lista. Da minha lista!

3 comentários:

Márcia Rosa disse...

Demorei muito tempo para me aceitar. Para aceitar o meu estilo, a minha beleza. Também não foi fácil. Muito menos rápida a mudança. Ela aconteceu de dentro pra fora. A medida em que comecei a me conhecer, me aceitar e me amar, a mudança de fora fluiu. E agora sou assim. Meu estilo é meu e amo isso! Gosto de mim. Gosto do que penso, de como penso e do modo como transmito isso. Amo minha cor, meu cabelo, minhas roupas e minhas opiniões. Só a partir do autoconhecimento, alcancei a autoestima e a autoconfiança. E agora, como você, Biana, sua Linda, eu me amo!!!! Beijos!

Unknown disse...

Salvo nos favoritos. Parabéns, Biana!

Biana França disse...

Obrigada Jéssica :)
Nunca é fácil né Márcia, mas acho que o tempo ajuda muito e uma dose de rivo tbm, rsrsrsrs.

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