Pages

sábado, 14 de novembro de 2009

Quem você foi na adolescência

Fiquei pensando na minha adolescência e cheguei a conclusão que aquela alma que habitava meu corpo não é a mesma que vos escreve. Eu acho que todo mundo teve outro eu na adolescência. Eu tive vários eus.
No ínicio eu usava tênis plataforma,saia curtinha e achava que era...Spice girls, kkkk. (cantava com umas amigas e tudo), depois fiquei muuuito rebelde, furei toda a orelha, pintava a unha de preto e tentava fumar (mas não conseguia), mas a fase mais duradoura, mais entranhada foi a fase hippie-zen. Usava bata, saia comprida, brincão de miçangas e para não ser uma farsa, tinha vários baralhos, tarot, anjos, livro sobre signos e muita vela e incenso. Tentava ler tudo para ser culta, legal...fiz teatro, fiz amigos esquisitos e conheci meu noivo, durante um passeio de bicicleta descalça e de lenço na cabeça. Ele diz que não gostou...não sei. Só sei que eu virei Eu, e misturei tudo...amo cantar, ser meio boba, ter opinião e ser direta, e o que mais me marcou foi o fato de exercer minha espiritualidade. Hoje tenho outra fé, sou Cristã, mas tudo isso me fez. Amo ler, amo teatro. Tenho orgulho de ter sido muito adolescente.Tentando, me virando eu aprendi muito.

sábado, 7 de novembro de 2009

A vítima fui eu

Calorão, 10 horas da noite, recebo um telefonema do noivo com a proposta irrecusável:

Me encontra em tal lugar para tomarmos um sorvete.

Ooba, programinha infantil, delícia, catei meu celular e mãe: Fuui.
Fui para o ponto do ônibus e a mãe de uma amiga estava no portão tomando um ventinho. Decidi ficar ali com ela até avistar o busão, foi chegando gente, já tina umas cinco mulheres na calçada, a rua lotada...pedi o celular dela para ligar para minha mãe (o meu estava na minha mão, mas estava sem sinal), quando ouvi:
Passa o celular!!!
Eu comecei a rir, achando que era algum conhecido, mas o conhecido em questão sacou uma pistola da bermuda e apontou para minha barriga.
Entreguei meu celular, e ele berrou que queria o outro. Entreguei o celular da mãe da minha amiga. Ele saiu andando calmamente. Pronto o rebuliço. Ele tinha assaltado outra conhecida quase naquele minuto.
Chegou polícia, o povo da rua saiu de moto, carro, Kombi, dentro do carro da PM, para ir atrás do bandido. Ninguém achou. As pessoas da outra rua viram quando o homem entrou em um carro que o estava aguardando.
Que ódio!!!!!
É o terceiro celular que me roubam, sempre com arma, terror...uma droga!!!
A polícia disse que ia atrás, sei lá...fiquei mal por estar com o telefone dos outros na mão, por ter que comprar o celular mais baratinho da loja para não me roubarem (não tem jeito, sempre uso celular pobrinho, e sempre me roubam), por ter minhas coisas e um imbecil vagabundo achar que tem o direito de levar.
É um droga não ter segurança na porta de casa...
em pensar que eu só queria tomar um sorvete.