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domingo, 29 de março de 2009

O casamento do meu melhor amigo

Foi a dois anos, mas ainda dá uma dorzinha no coração. Quando ele deu a notícia eu vibrei, comecei a escolher meu vestido de madrinha, a arquitetar todo o visual do dia. Eu estava radiante e nunca imaginei a reação que eu teria no grande dia (e após também). Ele ficou de férias 1 semana antes do casamento.Nós andávamos para cima e para baixo juntos, jogávamos baralho até altas horas da madrugada e ríamos...de tudo juntos! No dia do casório eu fiquei o dia inteiro no salão cuidando da carcaça, e quando cheguei em casa ele estava quase pronto. Me arrumei e fui ajuda-lo a se vestir. Enquanto eu ajeitava a gravata, minha garganta fez um bolo, e o olho marejou, mas não quis chorar. Ele percebeu, pediu para eu não chorar. Cheguei ao local da cerimônia (ele tinha ido antes de mim) e lá estava ele, fiz uma "cosquinha" (minha pior mania). Ele riu, eu ri. Olhei no olho dele e estava sendo retribuída, nos abraçamos e choramos, choramos de soluçar, num abraço forte.
- Me promete que vai ser meu melhor amigo para sempre? Eu disse.
-Prometo! Você vai sempre ser meu bebê. Eu te amo!
- Eu também te amo demais.
Curtimos a festa. Ele foi para a lua-de-mel, eu voltei para casa. Nos dias seguintes não senti muito sua falta, minha casa estava cheia de parentes de outros estados, então, durante uma semana a falta foi aliviada. Quando todos foram embora, fui para o meu quarto, deitei na minha cama e olhei para a cama ao lado, e a vi vazia. Sabia que no final da noite ele não deitaria ali e não ficaríamos até de madrugada falando sobre o núcleo da Terra, sobre a criação do mundo, a existência de Deus. E díriamos:
- Chega vamos dormir!
...silêncio...
- Só mais uma coisa...e blábláblá.
Não brigaríamos porque minha mãe deu mais batata-frita para um do que para o outro. Não iríamos contar nosso dia um para o outro. Que depois de 22 anos morando comigo, meu irmão tinha ido embora e que as nossas coisinhas de irmão que vivem juntos tinham ficado na lembrança.
Levantei peguei uma chave de fenda e desmontei a cama dele. Escondi o colchão. Chorei, chorei a noite inteira. E depois, ainda bem, descobri que meu irmão estava feliz ao lado da mulher que ele ama. Que seríamos amigos independente de qualquer coisa (comprovado quando ele ligou da viagem para dizer que estava com muita saudade de mim) que ele era o meu irmão querido, meu amigo fiel. Descobri também que eu ganhei uma irmã, irmã que eu nunca tive! Uma sobrinha que é uma princesa... Ainda choro de saudade dele, mas no final das contas, eu saí no lucro, afinal, minha família ficou mais linda, mais completa!
Te amo, Britinho!

domingo, 8 de março de 2009

O dia da mulher não é 8 de março, mas sim todos os dias, porque ser mulher é tarefa para todos os dias. Ser mulher é ser piegas, romântica, é ser guerreira, é acordar cedo para cuidar dos filhos, para ir trabalhar , para ir estudar. Ou tudo junto. É correr de barata, mas suportar a dor do parto e depois ainda sorrir de felicidade. É ser digna e ter sempre o sonho de ser dona da propria vida. É ter o orgulho de ter sido gerada por um ser tão fascinante que a entende no olhar. É ter filhos, pai, marido, e dedicar a cada um amor exclusivo. É deitar na cama e sonhar acordada. Ter preguiça da louça na pia depois do almoço de domingo. É lotar o metrô, trem, ônibus em busca de um futuro melhor para os seus. É cuidar do lar como se fosse um castelo. Ser mulher é também não ser nada disso, pois somos muito mais que esterótipos, fazemos a nossa própria moda. É descartar o modelo pré- estabelecido de ser uma Barbie, para sermos mulheres de carne e osso, mulheres com ideais muito mais preciosos do que conquistar um corpo de modelo. Para as mulheres que choram por amor, por raiva, que vibram nas conquistas, que são super heroínas do dia a dia. O meu parabéns, no dia internacional da mulher, todos os dias!

segunda-feira, 2 de março de 2009

Que país é esse?

Li uma reportagem no jornal O Globo que tratava do costume que alguns pais tem de fumar maconha com os filhos. Alguns disseram que achavam mais seguro, que eles mesmos preferiam comprar a droga. E eu fiquei meio revoltada com tudo o que li. Alguns talvez digam que eu sou careta, isso e aquilo. Sinceramente, não me importo,sou careta e completamente contra o uso de drogas, mas o buraco que eu quero cutucar é mais fundo.Quando alguém bebe ou fuma, está se destruindo, SE destruindo e o universo próximo, o que é uma pena, mas ele está dentro da legalidade, mesmo que o exagero de alguns tragam seqüelas para muitos. Só que quando o cara usa maconha ou qualquer outra droga ilícita, ele está mexendo em um outro mundo. Não adianta passeata pela paz, protestos e tudo mais, se as mesmas pessoas que gritam por essa ordem são as que sobem o morro para comprar maconha, são as que convivem diretamente com bandidos. Não vale a pena chorar quando o carro é roubado ou o filho raptado, se foi ele mesmo que pagou pela arma do ladrão. Acho que o brasileiro deve parar com essa hipocrisia nojenta. Enquanto não pararmos de financiar o tráfico não adianta ir para as ruas clamar por paz. Eu estudei na zona sul do Rio de Janeiro e o número de jovens que usam maconha é absurdo, como moro na baixada fluminense, uma área carente e tida como extremamente violenta, conheço os dois lados da moeda, e garanto que a grande parcela dos jovens pobres- trabalhadores- estudantes, não usa drogas, quando jovens pobres fazem uso de drogas, pode ter certeza que está envolvido com o tráfico ou qualquer outro tipo de crime. E para mim, quem paga o salário do bandido é bandido também e não pode dar ao menos a desculpa da falta de oportunidades na vida, afinal, aprendeu com papai.