Eu e minhas histórias de trajetos...
Saí do trabalho às 17:00 hs (normalmente saio as 19:00hs),e peguei um trem lotado, porque trem lotado é sinônimo de cheio a ponto de não poder mudar a posição do pé. Arrumei um cantinho, de repente fiquei no meio de um monte de homens, me fiz de boboca e permaneci impassível, até que começou a subir um fedor, uma coisa esquisita. Com meu nariz apurado fiquei tentando decifrar, e então percebi que aquele povo (não sei qual dos homens) estava fedendo muito. Não era um fedor de cecê, não. Era fedor de gente sujinha, que não toma banho e fica com aquela "inhaca". Ai que nojo!
Comecei a ficar irritada e como tinha muita gente no trem o ar não circulava, e aquele cheiro ruim entrando, entrando...eu virava a cara, mas não dava para virar muito, expirava, botava (discretamente) a mão no nariz e Nada. Até que tive a brilhante idéia: segurei naqueles ferros mais altos e...enfiei a cara no MEU sovaco (desculpe a palavra, mas axila é muito sem-graça), e para mensurar o fedor do povo, eu garanto, que naquele momento ele (o MEU sovaco) era o que tinha de mais cheirosinho dentro daquele trem. Mas como pode uma criatura racional passar mais de 40 minutos cheirando a própria axila (hehehehe). INSTINTO DE SOBREVIVÊNCIA, meus caros!
Ok, ok, não vou dizer que foi agradável, mas...
Cheguei em casa com o braço dolorido, pois como sou baixinha tive que me esticar toda para poder segurar no ferro, meio zonza, e orgulhosa de mim por usar um desodorante 24 hs!!!!!
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Intolerância
Ontem o teto do templo da igreja Renascer em cristo caiu, matando 9 pessoas e ferindo garavemente outras tantas. Uma fatalidade, uma irresponsabilidade que deixa a vida de familiares com um buraco. Eu sou evangélica, e não estou aqui para discutir a conduta dos líderes dessa igreja, embora, eu não concorde com o que é pregado ou com a forma como o Evangelho é difundido por eles, eu me emocionei muito com a tragédia. Até porque, a hora de apontar os erros alheios não é agora, mas sim, a hora de investigar a real causa do acidente.
A fé que eu vivo me faz muito bem, mas sempre fui orientada a respeitar as opções alheias, por isso, não tolero o preconceito religioso, com qualquer fé que seja. Jamais ouvirão de mim uma frase que denigra a imagem de um seguidor de outra fé que não a minha, mesmo que eu fale de Deus com frequência para as pessoas, jamais desrespeito suas opniões, afinal, o primeiro mandamento de Deus é amar o outro como a si mesmo!
Enfim, mas hoje notei que eu estou vivendo um tempo de intolerância religiosa, que pelas palavras ditas, beiram o terrorismo. No meio de uma tragédia, onde vidas se perderam, famílias estão a sofrer, leio as seguintes frases de leitores, que deixaram suas opniões no site do jornal O Globo:
"Crentes otários!!! Agora reza!!! Aumenta o dízimo pra 70% pra reformar a igreja e o pastor, que são todos safados, compra carro zero... Crente pra mim tem tudo que se f... Bem feito pra todos."
Leitor X
"Se esse desabamento acontecesse em cada igreja e templo religiosos certamente o país seria muito melhor."
Leitor Z
"Menos alguns evangélicos, que por sinal já vão tarde! Deus poderia se apiedar de nós e fazer desmoronar outros tetos de templos para ver ser esta praga acaba. Ô povo falso esse tal de evangélico: são os que são pegos nos maiores delitos. Acreditam que podem "pecar e pecar", porque Jesus simplesmente os perdoa e diz "vá e não peques mais"; daí saem a pecar de novo e na volta pedem mais perdão, recebem a mesma orientação e seguem pecando...pecando.Evangélico bom é evangélico morto."
Leitor Y
No site há muito mais, e são esse tipo de gente, com aversão ao diferente que cometem as maiores atrocidades. Há diversas opiniões, criticando a Igreja, mensagens solidárias, as duas juntas, mas isso não vem ao caso, afinal, cada um expressou apenas a sua opnião, mas desrespeitar, tratar com indiferença o ser humano, e nem ao menos se comover com a dor alheia é no minímo cruel.
De acordo com a igreja, entre as pessoas mortas na tragédia estão Maria Amelia de Almeida, de 60 anos; Acir Alves da Silva, de 80; Maria Erlisa, de 48; Gabriela Lacerda, de 15; Dalva Ferreira de Oliveira, de 70; e Silva Gomes Moreira, de 50.
Fonte: Veja on line
A fé que eu vivo me faz muito bem, mas sempre fui orientada a respeitar as opções alheias, por isso, não tolero o preconceito religioso, com qualquer fé que seja. Jamais ouvirão de mim uma frase que denigra a imagem de um seguidor de outra fé que não a minha, mesmo que eu fale de Deus com frequência para as pessoas, jamais desrespeito suas opniões, afinal, o primeiro mandamento de Deus é amar o outro como a si mesmo!
Enfim, mas hoje notei que eu estou vivendo um tempo de intolerância religiosa, que pelas palavras ditas, beiram o terrorismo. No meio de uma tragédia, onde vidas se perderam, famílias estão a sofrer, leio as seguintes frases de leitores, que deixaram suas opniões no site do jornal O Globo:
"Crentes otários!!! Agora reza!!! Aumenta o dízimo pra 70% pra reformar a igreja e o pastor, que são todos safados, compra carro zero... Crente pra mim tem tudo que se f... Bem feito pra todos."
Leitor X
"Se esse desabamento acontecesse em cada igreja e templo religiosos certamente o país seria muito melhor."
Leitor Z
"Menos alguns evangélicos, que por sinal já vão tarde! Deus poderia se apiedar de nós e fazer desmoronar outros tetos de templos para ver ser esta praga acaba. Ô povo falso esse tal de evangélico: são os que são pegos nos maiores delitos. Acreditam que podem "pecar e pecar", porque Jesus simplesmente os perdoa e diz "vá e não peques mais"; daí saem a pecar de novo e na volta pedem mais perdão, recebem a mesma orientação e seguem pecando...pecando.Evangélico bom é evangélico morto."
Leitor Y
No site há muito mais, e são esse tipo de gente, com aversão ao diferente que cometem as maiores atrocidades. Há diversas opiniões, criticando a Igreja, mensagens solidárias, as duas juntas, mas isso não vem ao caso, afinal, cada um expressou apenas a sua opnião, mas desrespeitar, tratar com indiferença o ser humano, e nem ao menos se comover com a dor alheia é no minímo cruel.
De acordo com a igreja, entre as pessoas mortas na tragédia estão Maria Amelia de Almeida, de 60 anos; Acir Alves da Silva, de 80; Maria Erlisa, de 48; Gabriela Lacerda, de 15; Dalva Ferreira de Oliveira, de 70; e Silva Gomes Moreira, de 50. Fonte: Veja on line
domingo, 4 de janeiro de 2009
Pessoas invisíveis
Fiquei prestando atenção no número horroroso de gente invisível circulando por aí. Comecei a perceber isso notando gente que se considera muito importante.
Estava em umas das cabines no banheiro do trabalho, e ouvi quando duas moças conversavam (eu sei, é feio), uma disse:
Tenho que te contar uma coisa. Não tem ninguém no banheiro não, né?
A outra respondeu:
Não!
E começou a fofocada...mas, minha surpresa ficou por conta, não da fofoca, mas de que além delas e eu, havia mais uma pessoa no banheiro: A moça de limpeza!
Ela estava lá calmamente limpando o chão, então você me responda como ela disse que não havia ninguém se a senhora estava na frente delas????
E um outro dia (também no trabalho) entrei no elevador, e um rapaz com uniforme do pessoal da faxina entrou, olhou para todos e fez um comentário sobre o tempo. Ninguém o olhou. Os engravatados continuaram olhando para seus lindos sapatos engraxados, as mocinhas elegantes continuaram com cara de alface e trocaram um olhar(zinho). Que droga! Eu olhei para ele e sorri, um sorriso murcho, de tristeza, sei lá do quê...fiquei sem acreditar, prefiro acreditar que ninguém ouviu, não vou acreditar que nos dois casos, essa gente (até eu) é tão mesquinha. Fiquei me perguntando quantas vezes já fiz aquilo, será que já ignorei tão idiotamente a presença de alguém. O que será que passa na cabeça dessas pessoas. Não sei, mas sei de mim, e sei que por mim não verei mas essas cenas. Que não farei ninguém de invisível, que tentar olhar para uma pessoa e dar "bom dia", um sorriso, são armas de efeito fulminante, para melhorar meu dia e o do outro!
Estava em umas das cabines no banheiro do trabalho, e ouvi quando duas moças conversavam (eu sei, é feio), uma disse:
Tenho que te contar uma coisa. Não tem ninguém no banheiro não, né?
A outra respondeu:
Não!
E começou a fofocada...mas, minha surpresa ficou por conta, não da fofoca, mas de que além delas e eu, havia mais uma pessoa no banheiro: A moça de limpeza!
Ela estava lá calmamente limpando o chão, então você me responda como ela disse que não havia ninguém se a senhora estava na frente delas????
E um outro dia (também no trabalho) entrei no elevador, e um rapaz com uniforme do pessoal da faxina entrou, olhou para todos e fez um comentário sobre o tempo. Ninguém o olhou. Os engravatados continuaram olhando para seus lindos sapatos engraxados, as mocinhas elegantes continuaram com cara de alface e trocaram um olhar(zinho). Que droga! Eu olhei para ele e sorri, um sorriso murcho, de tristeza, sei lá do quê...fiquei sem acreditar, prefiro acreditar que ninguém ouviu, não vou acreditar que nos dois casos, essa gente (até eu) é tão mesquinha. Fiquei me perguntando quantas vezes já fiz aquilo, será que já ignorei tão idiotamente a presença de alguém. O que será que passa na cabeça dessas pessoas. Não sei, mas sei de mim, e sei que por mim não verei mas essas cenas. Que não farei ninguém de invisível, que tentar olhar para uma pessoa e dar "bom dia", um sorriso, são armas de efeito fulminante, para melhorar meu dia e o do outro!
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