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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Violência

Que a violência no Rio está de um jeito que parece não ter solução todo mundo já sabe, mas quando bate a nossa porta temos a dimensão e o susto exato. Não posso dizer que nunca passei por situações violentas, porque já fui assaltada três vezes, uma delas fiquei com uma arma apontada para minha cabeça, sendo ameaçada e xingada, hoje a vítima foi meu noivo. Eram 06:49 da manhã quando ele me ligou dizendo que tinha sido assaltado, que caras com armas pesadas cercaram o carro (da emresa) e fizeram ele e motorista descer do carro, ele disse que não conseguia tirar o cinto e que ficou muito nervoso, a mochila dele caiu dentro do carro e foi só isso que levaram dele, e graças a Deus, só tinha na mochila: a chave de casa, um livro (que ele tem outro igual) e um monte de provas e apostilas.A carteira, com todos os documentos, dinheiro e celular estavam todos com ele.
O que passa na cabeça de um ser-humano para tomar algo que não é dele. Sou muito intolerante quanto a isso, me torço de indgnação quando o pessoal dos direiros humanos aparecem para exigir alguma coisa para bandido, assistentes sociais dizem que eles não tiveram oportunidade. Eu não tive oportunidades, meu noivo não teve oportunidades, mas uma coisa que eu tenho e que faz toda diferença é caráter, nunca na minha vida, quis algo que não fosse meu, e conheço um monte de gente pobre que é assim. Tudo que eu tenho é suado, fui bolsista integral na faculdade, vendi açaí na porta de casa para pagar minhas passagens. Meu noivo sempre estudou em escola pública, mas sempre batalhou. Tenho uma história como a de muita gente, gente essa que acorda cedo, pega trem lotado e não desanima. Mesmo nas situações mais difíceis, acho que todo mundo consegue se superar. Conto uma história dessas aqui.Acho que quando alguém recorre a violência só há uma explicação mau-caratismo e no caso de roubo (me desculpem a expressão) vagabundagem na veia. Acho uma hipocrisia defender bandido,e não estou falando isso somente pelo que aconteceu com meu noivo, não, a violência me incomoda, me indigna, e o pior é saber que isso parece não ter jeito e seremos obrigados a aceitar conviver com isso...uma pena.

4 comentários:

Marsyah disse...

Biana, também fico muito revoltada com esse pessoal dos direitos humanos passando a mão na cabeça de bandido. Posso estar enganada, mas nunca ouvi falar que nenhum deles visitou a família das vítimas, principalmente as vítimas fatais. Pais e mães de família, filhos de alguém que aos trancos lhe foram tirados. Ele só pensam "Coitados, eles não tiveram oportunidades! vítimas do sistema!" Eu também não tive e ninguém me vê batendo carteira dos outros. Também fico revoltada! Concordo com você em tudo, Bi. Não tenho pena de bandido, cadeia neles!!

Beijos, beijos!!

(Ah, há muito tempo li o seu post anterior. Fiquei tão intrigada que nem me lembrei de comentar... Depois precisamos retomar o caso, queria saber mais... rs)

Carla Rosso disse...

Nossa Bi! Que revolta hein!
Eu não consigo me conformar com tanta brutalidade,maldade e falta de amor pelo próximo!
Nada justifica tamanha violência!

Saudades minha linda!

Nina disse...

Ooh Bi, meu Deus, que coisa triste, senhor,onde vamos parar??
Gracas a Deus mesmo, só levaram coisas sem grande importância e que ele ficou bem. Mas imagino bem o susto...

Concordo contigo Bi, pobreza, falta de oportunidade nao leva ninguém a marginalidade, tem mesmo mt vagabundagem em mt disso que a gente vê por aí.

Nina disse...

bibi, cd tu??

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